A INFLUÊNCIA DOS AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS NA PSICOSE EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO DOS EFEITOS E MECANISMOS

Publicado em 11/12/2024 - ISBN: 978-65-272-1018-4

Título do Trabalho
A INFLUÊNCIA DOS AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS NA PSICOSE EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO DOS EFEITOS E MECANISMOS
Autores
  • Bruna Heloisa Cavalcante da Silva
  • Pablo Furtado Castelo Branco
  • Luciane Ponte de Melo
  • Gersilene valente de Oliveira
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Outros trabalhos
Data de Publicação
11/12/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://even3.unichristus.edu.br/anais/ixspu/955583-a-influencia-dos-agonistas-dopaminergicos-na-psicose-em-pacientes-com-doenca-de-parkinson--revisao-dos-efeitos-e-
ISBN
978-65-272-1018-4
Palavras-Chave
Distúrbios Neuropsiquiátricos, Controle Motor, Neurodegeneração, Saúde Mental.
Resumo
A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente o controle motor, com sintomas como tremores, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural. Além dos sintomas motores, os pacientes também podem sofrer de sintomas não motores, como declínio cognitivo e psicose. A psicose, caracterizada por alucinações e delírios, pode ser desencadeada ou agravada pelo uso de agonistas dopaminérgicos, medicamentos que são amplamente usados no tratamento da DP para estimular os receptores de dopamina e aliviar os sintomas motores. Este estudo tem como objetivo analisar como os agonistas dopaminérgicos afetam o surgimento e a progressão da psicose em pacientes com Parkinson. Os agonistas dopaminérgicos, como pramipexol, ropinirol e bromocriptina, são amplamente prescritos para o controle dos sintomas motores na DP, especialmente em fases iniciais e intermediárias da doença. Diferentemente da levodopa, que é convertida diretamente em dopamina, os agonistas dopaminérgicos atuam diretamente nos receptores de dopamina, promovendo uma estimulação prolongada. Embora essa abordagem traga benefícios significativos no controle motor, o aumento da atividade dopaminérgica no sistema nervoso central também está associado a efeitos colaterais neuropsiquiátricos, como alucinações visuais, delírios persecutórios e, em alguns casos, episódios de mania ou compulsões. Foi realizada uma revisão de literatura utilizando artigos publicados entre 2021 e 2024, com foco em estudos que relacionam o uso de agonistas dopaminérgicos à psicose em pacientes com DP. A busca incluiu bases de dados como PubMed e Scielo, e os critérios de inclusão envolveram ensaios clínicos, estudos de caso e revisões sistemáticas que avaliaram pacientes em tratamento com esses medicamentos. Além disso, foram considerados estudos que investigaram a neurobiologia da psicose na DP, buscando compreender como a alteração da dopamina no cérebro pode contribuir para esses efeitos adversos. Os resultados da revisão indicam que cerca de 30% dos pacientes que fazem uso prolongado de agonistas dopaminérgicos apresentam algum tipo de psicose durante o tratamento. Os sintomas mais frequentes são alucinações visuais, seguidas por delírios, que podem variar em intensidade e duração. Esses efeitos colaterais tendem a ser mais graves em pacientes com histórico de distúrbios cognitivos, mas também foram observados em indivíduos mais jovens. Pacientes que utilizam doses mais altas de agonistas dopaminérgicos, ou que combinam esses medicamentos com outros fármacos antiparkinsonianos, também apresentaram maior incidência de psicose. A interrupção ou ajuste das doses dos agonistas, assim como a introdução de medicamentos antipsicóticos atípicos, levou à melhora dos sintomas em muitos casos. Conclui-se que, embora os agonistas dopaminérgicos ofereçam vantagens no manejo dos sintomas motores da DP, eles apresentam um risco significativo de desencadear sintomas psicóticos, especialmente em pacientes mais vulneráveis. É fundamental que o tratamento com esses medicamentos seja cuidadosamente monitorado, com ajustes regulares nas doses para minimizar os efeitos adversos. Estudos futuros são necessários para explorar estratégias terapêuticas que ofereçam uma melhor qualidade de vida aos pacientes com DP, reduzindo os riscos de efeitos adversos neuropsiquiátricos sem comprometer o controle dos sintomas motores.
Título do Evento
IX Semana da Psicologia
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana de Psicologia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Bruna Heloisa Cavalcante da et al.. A INFLUÊNCIA DOS AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS NA PSICOSE EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO DOS EFEITOS E MECANISMOS.. In: Anais da Semana de Psicologia. Anais...Fortaleza (CE) Fortaleza, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IXSPU/955583-A-INFLUENCIA-DOS-AGONISTAS-DOPAMINERGICOS-NA-PSICOSE-EM-PACIENTES-COM-DOENCA-DE-PARKINSON--REVISAO-DOS-EFEITOS-E-. Acesso em: 17/05/2025

Trabalho

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